Com o receio de uma economia ainda instável, os criadores desfilam na capital da moda coleções ultraelegantes, sem muita ousadia, enchendo os olhos de quem gosta de se vestir bem.
A mulher parisiense será ainda mais sofisticada e as roupas de cortes perfeitos esboçam uma silhueta pra lá de feminina.
Nas tão esperadas coleções das grandes maisons francesas como Yves Saint Larent ou Dior, o luxo se une ao atemporal. Sensualidade e muita elegância marcaram o desfile de Stefano Pilati que mostra, em retrospectiva, uma Yves Saint Laurent ainda mais atraente com tailleurs, smockings e macacões irresistíveis, além da infalível mistura de cores - preto e branco. Uma homenagem à lembrança do estilista que criou a grife, um resumo de tudo que a marca representa e uma viagem aos anos setenta com o uso de calças de cintura alta e boca larga além das correntes douradas em acessório. Para a grife Saint Laurent, as charmosas capas voltam a ter um papel importante no guarda-roupa e à noite, os vestidos em satin rosa, amarelo verde azul, e lilás dão o tom de festa.
O couro invade o visual do dia da mulher inventada por Galliano para a Dior. Mas a pele é retrabalhada de maneira a dar a impressão de mulher menina, fatal mas ingênua, com detalhes em golas de casacos e cores como o creme e o bordô! Para a noite, a leveza em vestidos de mousseline, que dão a impressão de uma mulher delicada, romântica mas ainda assim sensual.
Desfile Dior
Algumas maisons como a Balmain ou a Balenciaga arriscaram ousar em propostas mais extravagantes, uma fórmula evidente quando se fala nas duas marcas que têm como assinatura a ousadia. O uso e abuso de dourado e de decotes pra lá de sensuais além dos vestidos ultracurtos e da abundância em bordados marcam o desfile de Decarnin para a Balmain.
Já para a Balenciaga, vale apostar no jogo de recortes de jornais para criar prints de vestidos e blusas em um conceito, como sempre, futurista de puro design, desafiando padrões. Uma coleção surpreendente e divertida à altura do prestígio da marca.
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